Número 3 - Ano I - Edição fechada em 13 de Dezembro de 2002 Florianópolis-SC
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“A paz não está na agenda de Sharon”. Foi assim que Musa Odeh, embaixador da Palestina no Brasil, resumiu as perspectivas de um ponto final no conflito entre seu país e Israel. Discursando na noite de ontem em sessão pelo Dia Nacional de Solidariedade ao povo palestino, Odeh reforçou o que podia ser visto nas fotos no hall de entrada da Assembléia Legislativa: a imagem de um Estado tomado pela guerra.

Na Palestina, uma área menor que Florianópolis, podem ser encontrados até duzentos e setenta e quatro pontos militares. Para quem vive perto da fronteira com Israel, a situação é ainda pior: apenas quinze quilômetros separam os exércitos em guerra. “É como se fosse uma grande prisão”, afirma Odeh, “onde não se pode andar de quadra até a outra sem estar autorizado”.

Sobre os conflitos que o seu Estado vive, o embaixador disse ainda que é uma luta legal e permitida praticada contra seus inimigos, aos quais ele acrescentou os Estados Unidos e “seu interesse pelo petróleo do oriente-médio”. À respeito, Serge Goulart, presidente do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino, foi ainda mais longe, acrescentado à lista de adversários palestinos a ONU e os aliados americanos. Sobrou também para a imprensa que, segundo Goulart, é responsável por estereótipos negativos como o de que a Palestina é “um Estado de loucos, feito apenas de homens-bomba”.

Na mesma linha crítica, a deputada estadual e senadora eleita Ideli Salvatti reiterou seu apoio aos palestinos. Esse apoio fez com que ela recebesse reclamações por e-mail de que é uma contradição ajudar os outros antes de ajudar a si mesmo. Respondendo a isso, a petista disse que “a fome não tem nacionalidade, e portanto vamos ajudar, sim, aqueles que mais precisam”. Fazendo coro à colega de partido, o deputado Afrânio Boppré, organizador da sessão, citou o Contestado, a Revolução de 30, de 64 e outras pra dizer que “nenhum desses momentos e resistências se compara à situação atualmente vivida por eles, palestinos”. Quem viu as fotos no hall, principalmente aquelas com um aviso por cima sobre o seu conteúdo, não teve dúvida disso.

O Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino foi fundado em abril do ano passado. Com aproximadamente cinqüenta integrantes, o comitê está recebendo doações para enviar à Palestina. Leite em pó e material escolar – principalmente caderno e lápis – podem ser entregues na Rua Jerônimo Coelho, 81, no centro de Florianópolis, até o fim do ano.

Maiores informações pelo telefone 222-5448 com Kader.

Thiago Momm

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