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Em
27 de outubro de 2002, dia em que Luiz Inácio
Lula da Silva completou 57 anos de idade, os brasileiros
foram às urnas e deram ao candidato o presente
que ele mais esperava: o cargo de presidente do Brasil.
Com esta vitória, Lula coroa uma trajetória
política e pessoal única na história
do país.
A biografia do novo presidente da República já
é bem conhecida pelos brasileiros. Menino pobre,
filho de lavradores, nascido em Caetés e criado
em Garanhuns, interior de Pernambuco, fez de tudo para
sobreviver. Mudou-se ainda criança para São
Paulo, foi vendedor ambulante, engraxate, perdeu um
dedo da mão esquerda trabalhando numa fábrica,
andou pelas filas do desemprego na recessão de
1965 até entrar
para as Indústrias Villares como torneiro mecânico
- profissão que aprendeu como aluno do Senai.
Até esta época, quando tinha 19 anos,
o desinteresse de Lula pela política era evidente.
Seu primeiro contato com o movimento sindical foi em
1969, por intermédio do irmão, José
Ferreira da Silva, que o indicou para uma das suplências
da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de
São Bernardo do Campo. Três anos depois,
Lula chegou à diretoria efetiva do sindicato,
sempre presidido por Paulo Vidal, que se elegeu deputado
pela Arena - partido que sustentava a ditadura. Em 1975,
Vidal indicou Lula para a presidência da entidade,
mas o fato de, neste mesmo ano, seu irmão José
Ferreira da Silva ter sido preso e torturado lhe deu
uma nova visão das lutas que precisava travar.
Assim, Lula se aproximou dos sindicalistas que tentavam
organizar movimentos reivindicatórios mais radicais.
Foi
nesta época que Lula teve a idéia de criar
um novo partido e, para tanto, abriu discussão
com políticos do MDB, entre eles o sociólogo
Fernando Henrique Cardoso e o deputado Ulysses Guimarães.
Em 1980, a fundação do PT une trabalhadores,
intelectuais e acadêmicos, num momento em que
toda a sociedade brasileira vive seu renascimento para
o debate político e discute as grandes questões
nacionais, numa caminhada com destino à democracia.
Todos se movimentam: a Igreja Católica com suas
comunidades eclesiais de base, a Ordem dos Advogados
do Brasil, a Associação Brasileira de
Imprensa.
Em 1982, Lula cumpriu uma tarefa partidária.
Candidatou-se ao governo de São Paulo com a finalidade
de ampliar a votação do partido, ultrapassar
a cláusula
de barreira para o funcionamento partidário de
5% dos votos nacionais e viabilizar o registro do PT.
Em l984, por iniciativa do partido e do PMDB de Ulysses
Guimarães, engajou-se na campanha nacional por
eleições presidenciais diretas mas, frustrado
esse objetivo, fez com que o partido se recusasse a
participar do colégio eleitoral para eleger Tancredo
Neves, em 1985, contra o candidato oficial, Paulo Maluf.
A mesma recusa aconteceu na Constituinte. Ainda que
tenha participado dos trabalhos da Assembléia,
a bancada do PT se recusou a assinar a nova carta, promulgada
em outubro de 1988.
Na disputa pela presidência em 1989, Lula foi
derrotado por Fernando Collor de Melo e nas eleições
de 1994 e 1998, ele perdeu para Fernando Henrique Cardoso,
posicionando-se contra o Plano Real por considerar que
a estabilidade monetária era apenas eleitoral
e provisória.
Neste ano, Luiz Inácio Lula da Silva candidatou-se
pela quarta vez à presidência da República,
agora com uma base parlamentar e administrativa maior
e mais experiente. Esta campanha apresentou um Lula
diferente: o discurso do candidato mudou e a idéia
de um Brasil socialista foi abandonada como projeto
imediato. A promessa agora é de um governo de
esquerda para combater a fome, estimular o crescimento,
manter a inflação sob controle e organizar
um sistema educacional e produtivo que proporcione oportunidades
a todos, de acordo com as capacidades e habilidades
de cada um. |
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