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A
implantação do novo Sistema Integrado de
Transporte Coletivo deve acabar com boa parte dos problemas
do transporte coletivo em Florianópolis nos próximos
vinte anos, mas peritos da área, como o professor
Carlos Campos, do curso de Arquitetura da UFSC, já
planejam substituir os ônibus por uma tecnologia
de maior capacidade de locomoção. A sugestão
do perito é que se use a tecnologia do aeromóvel
desenvolvida pela Faculdade de Engenharia Industrial de
Porto Alegre. O sistema é mais barato e menos poluente
que os convencionais e pode transportar mais de 27 mil
pessoas por hora. Para Campos “seria a solução
definitiva dos problemas de transporte coletivo em Florianópolis”.
Os aeromóveis são espécies de trens
que trafegam por vias elevadas e funcionam pelo mesmo
princípio dos barcos à vela. Os vagões
não têm motores e andam em trilhos sobre
um túnel de vento, sendo que cada vagão
possui uma “vela” metálica voltada
para baixo que impulsiona o aeromóvel adiante.
O vento necessário para impulsionar o sistema é
criado por motores espalhados ao longo do trajeto. A velocidade
é controlada pelos operadores desses “grandes
ventiladores”, portanto não existem motoristas.
Limpo, barato e eficiente
- O professor Campos vê diversas vantagens no sistema
sobre os meios de transporte convencionais disponíveis
no mercado. “O aeromóvel tira os veículos
coletivos do tráfego e como as vias são
elevadas, quase não há gasto com desapropriações
- até as estações são elevadas.
Além disso, custa entre US$ 5 e US$ 7 milhões
por quilômetro, enquanto os sistemas de monotrilho
(como o “fura-fila”que começou a ser
implantado por Celso Pitta em São Paulo) custa
entre de US$15 a US$20 milhões e sistemas de trens
e metrô não saem por menos de US100 milhões
e são grandes demais para uma cidade do tamanho
de Florianópolis. O veículo pode ser manobrado
o suficiente para virar uma esquina e sobe inclinações
de até 12 graus”, compara.
Como são mais leves, os aeromóveis precisam
de viadutos menores para trafegar e usam uma estrutura
que causa poucos danos ao meio ambiente. Ideal para uma
cidade como Florianópolis, com mangues, restingas
e dunas - ecossistemas frágeis, que não
seriam prejudicados com novas rotas de transporte. Além
disso, as obras necessárias não causam transtornos
porque toda a estrutura é pré-fabricada
e os motores são não-poluentes, pois substituem
os combustíveis fósseis por energia elétrica.
Um sistema com seis estações e cerca de
18 quilômetros poderia integrar toda a região
central da cidade passando pela Beira-Mar, UFSC e terminais
do Saco Grande e da Agronômica em viagens de até
sete minutos a um custo aproximado de US$ 90 milhões,
quase três vezes o que vai custar a implantação
do novo sistema integrado. “É mais caro,
mas uma vez investido esse dinheiro a manutenção
do sistema é muito mais barata que a atual e não
seria preciso investir muito mais em transporte”,
diz o especialista.
Projeto enfrenta lobbys -
Se o aeromóvel for realmente utilizado na próxima
reforma do sistema de transporte, deve substituir os ônibus
expressos entre terminais na parte central - que reúne
73% dos usuários. Embora não substitua completamente
os ônibus, Campos diz que os empresários
regionais do setor fazem lobby contra s implantação
desse tipo de tecnologia. “É um erro, eles
poderiam participar do processo de implantação
e continuar lucrando com o novo sistema”. Para Campos
a idéia de usar o princípio do barco a vela
sobre trilhos é fantástica, simples e eficiente,
mas também bate de frente com o interesse de empresas
poderosas como a petrolífera e automotiva.
Como se isso não fosse o bastante, o sistema ainda
teria de lutar contra a noção de que se
foi desenvolvido no Brasil, não presta. “Eu
falo com técnicos do setor, mas eles não
acreditam, dizem que se funcionasse, já estava
na rua” critica. No Brasil só foi construída
na década de 80 a linha experimental entre a usina
do Gasômetro e a Secretaria da Fazenda em Porto
Alegre, mas a tecnologia já está sendo exportada
antes de ser usada comercialmente no país. Em apenas
oito meses, foi construída uma linha contornando
o centro de Jacarta (capital da Indonésia), construído
em torno de um pântano. Talvez se os americanos
tivessem desenvolvido a tecnologia, estaríamos
mais perto de implantá-la. |
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ÚLTIMA EDIÇÃO:
13 de Dezembro
Sistema Integrado de Transporte
Coletivo
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