Número 2 - Ano I - Edição fechada em 21 de Novembro de 2002 Florianópolis-SC
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A eleição em Brasília teve a menor diferença de votos de todo o país. A apertada vitória de Joaquim Roriz (PMDB), sobre o candidato do PT, Geraldo Magela se deu por apenas 15.778 votos. Eleição vencida, agora o governador reeleito, tem que se preocupar em conseguir manter o seu quarto mandato, já que corre o risco de ser obrigado a deixar o poder antes de 2006. A batalha dessa vez não será nas urnas, mas nos tribunais. Já circulam em Brasília boatos de uma intervenção federal.

O Ministério Público pediu, há um mês, a cassação do registro da candidatura de Roriz por abuso de poder. Os procuradores o acusam de praticar atos de governo para promoção pessoal, com intenção eleitoral, como o programa de doação de lotes e a distribuição de lanches a invasores de áreas públicas. Não há previsão para o julgamento. ‘‘Se o pedido for aceito pelo TRE, Roriz perde o diploma de governador eleito e, conseqüentemente, o mandato’’, explica o procurador eleitoral Franklin da Costa.

Em outra investigação promovida pela Polícia Federal, foram gravadas conversas telefônicas, com autorização da Justiça, sugerindo que o governador é sócio dos irmãos Passos, considerados por uma CPI realizada em 1995, os principais grileiros do Distrito Federal. Roriz também está sendo investigado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), por causa das denúncias de envolvimento com grilagem de terras públicas. Ele é acusado de ter autorizado uma divisão amigável de terras que deu prejuízo de 72 alqueires à Terracap, empresa que disciplina a divisão de terrenos no DF. O acordo foi com o condomínio RK, que pertence a família Passos. Além do acordo com o RK, o governador é investigado por suspeitas de desapropriações superfaturadas autorizadas em 1994, no final de seu governo. Devido ao acordo, ele responde a uma ação de improbidade administrativa na Justiça Federal. (WM)

Wendel Martins

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