24 de Março de 2025 Número 1 - Ano I - Edição fechada em 29 de Julho de 2002 Florianópolis-SC
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Desde abril de 1997, os paramilitares intitulam-se Auto Defesas Unidas da Colômbia (AUC), sendo os responsáveis pelo “serviço sujo” do exército. Surgiram no final dos anos 60, dentro de uma política recomendada pelos conselheiros americanos para quebrar qualquer desejo de transformação social. Combatem as FARC e o ELN, e são acusados de massacrar civis, suspeitos de apoiarem ou serem cúmplices de guerrilheiros. Oficialmente com nove mil combatentes, a AUC foi considerada organização terrorista internacional este ano. Apesar desse título, há denúncias de que os americanos financiam os paramilitares e garantem proteção aos seus negócios no país.

O jornal El Tiempo denunciou a ligação dos paramilitares com o novo governo. A AUC teria ameaçado de morte, em várias zonas do país, quem fizesse qualquer tipo de propaganda de outro candidato. Carlos Castaño Gil, líder dos paramilitares, afirma em sua auto-biografia autorizada, publicada no final do ano passado, que a organização considerava Uribe o candidato ideal, mais próximo de sua filosofia. E comprova, que as cooperativas armadas, criadas pelo presidente eleito quando era governador de Antióquia, é o mesmo princípio que deu origem aos paramilitares. O futuro presidente nega qualquer vínculo com a organização.

Sarmiento Santos diz que “o para-militarismo nasce como uma estratégia das forças militares para lutar e tentar acabar com os grupos guerrilheiros do meu país, e são amparados por uma grande parcela do narcotráfico e pelos setores economicamente fortes - industriais, multinacionais, fazendeiros, etc. Os paramilitares foram semeados pelo narcotráfico e se fortalecem dele mesmo”.

Leda Malisz

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